terça-feira, 15 de setembro de 2020

ÉMILE DURKHEIM

 

ÉMILE DURKHEIM

            Vivendo no período que vai da segunda metade do século XIX até o final da Primeira Guerra Mundial, foi contemporâneo dos acontecimentos significativos do período.

  Faz uma leitura conservadora da crise social do seu tempo, acreditando ser provocada pelo desregramento, que seria resolvida com a formação de instituições públicas capazes de se impor aos membros da sociedade e eliminar os conflitos.

 

Funcionalismo – representa uma teoria reprodutora e conservadora da sociedade capitalista. O principal representante do funcionalismo é Emile Durkheim (1858-1917), este pensador estabelece uma analogia entre a sociedade e o organismo biológico

humano. Assim a sociedade funciona graças a seu sistema orgânico, onde cada instituição ou pessoa faz parte de relações funcionais, fazendo uma organização social de dependência e complementaridade das atividades sociais, assim a sociedade é um todo organizado e harmônico.

 

Para Durkheim a sociedade é semelhante a um organismo vivo, e, para que ele funcione perfeitamente é necessário que cada uma de suas partes (órgãos) cumpra bem a função que lhe cabe exercer. A exemplo do que ocorre com os seres vivos, a sociedade, para bem funcionar, precisa que cada um de seus membros (os indivíduos) cumpra a contento sua função na sociedade. Isso demonstra, na teoria sociológica de Émile Durkheim, que as partes cumprem sua função em vista do todo, ou seja, os indivíduos trabalham (realizam sua função) em vista do bem social. 

 

A sociedade, como um organismo vivo, possui dois estados de existência: o estado normal e o estado patológico ou doentio. O estado normal refere-se aos acontecimentos (fatos sociais)regulares de uma sociedade, isto é, tudo aquilo que está dentro do esperado, do planejado, do aceitável. O estado patológico designa fatos, comportamentos considerados doentios, prejudiciais à harmonia e ao consenso, estando, portanto, fora dos limites permitidos pela ordem social e pela moral vigente. O sociólogo define a sociedade atual como patológica, por não exercer mais sua função social de frear moralmente os indivíduos. 

 

            Fato social consiste em “maneira coletivas de penar sentir e agir, exteriores ao indivíduo e dotadas de um poder de coerção em virtude do qual se lhe impõem.”

            Seguindo essas ideias, Durkheim afirmara que os fatos sociais, ou seja, o objeto de estudo da sociologia, é justamente essas regras e normas coletivas que orientam a vida dos indivíduos em sociedade. Tais fatos sociais são diferentes dos fatos estudados por outras ciências por terem origem na sociedade, e não na natureza (como nas ciências naturais) ou no indivíduo (na psicologia).

 

 

Para Émile Durkheim a sociedade é um conjunto de normas e regras de ação (conduta),pensamento e sentimento que orientam a vida em sociedade. Essas regras existem na consciência de cada indivíduo e também existem socialmente, pois são aceitas por todos os membros da sociedade. Portanto, para ele, a sociedade está acima dos interesses particulares dos indivíduos, embora seja uma construção das consciências individuais combinadas e sintetizadas. A sociedade exerce uma coerção (obrigação) sobre o indivíduo amoldando-o aos modos de agir, pensar e sentir de seu grupo social. Essa adequação do indivíduo às normas e regras é feita.

 

através da “instituição educacional”, onde toda a sociedade é responsável por fazer com que seus membros aprendam as regras necessárias à organização da vida social. O melhor exemplo são as leis, que existem para, de modo coercitivo (proibindo e punindo),organizarem a vida em conjunto; mas não são criadas ou modificadas pelo indivíduo isolado, e, sim pelas gerações de homens que, coletivamente, as elaboram e/ou reformulam.

 

Esses fatos sociais têm três características básicas que permitirão sua identificação na realidade, elas são:

            1ª. Generalidade – o fato social é comum aos membros de um grupo;

            2ª. Exterioridade – o fato social é externo ao indivíduo, existe independentemente de sua vontade. Isto é, consistem em ideias, normas ou regras de conduta que não são criadas isoladamente pelos indivíduos, mas foram criadas pela coletividade e já existem fora de nós quando nascemos.

            3ª. Coercitividade – os indivíduos veem-se obrigados a seguir o comportamento estabelecido porque essas ideias, normas e regras devem ser seguidas pelos membros da sociedade; se isso não acontece, se alguém desobedece a elas, é punido, de alguma maneira pelo resto do grupo.

 

É justamente a educação um dos exemplos preferidos por Durkheim para mostrar o que é um fato social. O indivíduo, segundo ele, não nasce sabendo previamente as normas de conduta necessárias para a vida em sociedade. Por isso, toda sociedade tem de educar seus membros, fazendo com que aprendam as regras necessárias à organização da vida social. As gerações adultas transmitem às crianças e aos adolescentes aquilo que aprenderam ao longo de sua vida em sociedade. Com isso, o grupo social é perpetuado, apesar da morte dos indivíduos.

Biografia de Karl Marx

Karl Marx (1818–1883) foi um filósofo e revolucionário socialista alemão. Criou as bases da doutrina comunista, onde criticou o capitalismo. Sua filosofia exerceu influência em várias áreas do conhecimento, tais como Sociologia, Política, Direito e Economia.

Karl Heinrich Marx nasceu em Trier, Renânia, província ao sul da Prússia - um dos muitos reinos em que a Alemanha estava fragmentada, no dia 5 de maio de 1818. Filho de Herschel Marx, advogado e conselheiro da justiça, descendente de judeu, era perseguido pelo governo absolutista de Guilherme III.

Em 1835, depois de concluir seus estudos no Liceu Friedrich Wilhelm, Karl ingressou no curso de Direito da Universidade de Bonn onde participou das lutas políticas estudantis.

No final de 1836, Karl Marx se transferiu para a Universidade de Berlim para estudar Filosofia. Nessa época, se propagavam as ideias de Hegel, destacado filósofo e idealista alemão. Marx se alinha com os "hegelianos de esquerda", que procuram analisar as questões sociais, fundamentados na necessidade de transformações na burguesia da Alemanha.

Entre 1838 e 1840, Karl Marx se dedica a elaborar sua tese. Doutorou-se em Filosofia em 1841, na Universidade de Jena, com a tese "A Diferença Entre a Filosofia da Natureza de Demócrito e a de Epicuro".

Por motivos políticos, Karl Marx não consegue a nomeação para lecionar na universidade, que não aceita mestres que seguem as ideias de Hegel. Com a recusa, Marx passa a escrever artigos para os Anais Alemães, de seu amigo Arnold Ruge, mas a censura impede sua publicação.

Em outubro de 1842, muda-se para Colônia, e assume a direção do jornal “Gazeta Renana”, onde conhece Friedrich Engels, mas logo após a publicação do artigo sobre o absolutismo russo, o governo fecha o jornal.

Marx e Engels

Em julho de 1843, Marx casa-se com Jenny, irmã de seu amigo Edgard von Westphalen. O casal muda-se para Paris, onde Marx junto com Ruge funda a revista "Anais Franco-Alemãs", e publica os artigos de Friedrich Engels. Publica também "Introdução à Crítica da Filosofia do Direito de Hegel" e "Sobre a Questão Judaica". Nessa época, ingressa numa sociedade secreta.

Em fins de 1844, Marx começa a escrever para o "Vornaerts", em Paris. As opiniões desagradam o governo de Frederico Guilherme V, imperador da Prússia, que pressiona o governo francês a expulsar os colaboradores da publicação, entre eles Marx e Engels. Em fevereiro de 1845, é obrigado a sair da França e segue para a Bélgica.

Karl Marx dedica-se a escrever teses sobre o socialismo e mantém contato com o movimento operário europeu. Funda a "Sociedade dos Trabalhadores Alemães". Junto com Engels, adquirem um semanário e se integram à "Liga dos Justos", entidade secreta de operários alemães, com filiais por toda a Europa.

Manifesto Comunista

No Segundo Congresso da Liga dos Justos, Marx e Engels são solicitados para redigir um manifesto. No dia 21 de fevereiro de 1848, com base no trabalho de Engels, Os Princípios do Comunismo, Marx escreve o "Manifesto Comunista", onde esboça suas principais ideias com a luta de classe e o materialismo histórico.

Critica o capitalismo, expõe a história do movimento operário, e termina com um apelo pela união dos operários no mundo todo. Pouco tempo depois, Karl e sua mulher são presos e expulsos da Bélgica e se instalam em Londres.

Apesar da crise, em 1864, Marx funda a "Associação Internacional dos Trabalhadores", que fica conhecida como "Primeira Internacional". Com a ajuda de Engels, publica em 1867, o primeiro volume de sua mais importante obra, "O Capital", em que sintetiza suas críticas à economia capitalista.

O Capital

A principal obra de Karl Marx é “O Capital”, nele, Marx faz uma análise crítica ao Capitalismo. Sintetiza o modo de funcionamento da economia capitalista, mostrando que ela está baseada na exploração do trabalhador assalariado, que produz um excedente que acaba ficando para o capitalista.

Segundo as teorias desenvolvidas por Karl Marx, o excedente deveria voltar para o trabalhador, na forma de salário, numa porcentagem do valor equivalente ao que foi produzido, e a outra parte ficaria com o dono dos meios de produção. Essa seria então, o que Marx chamou de “mais-valia”. Com a ajuda de Engels, o primeiro volume foi publicado em 1867.

Karl Marx faleceu em Londres, Inglaterra, no dia 14 de março de 1883.

Principais Obras de Karl Marx

·                     O Manifesto Comunista (1848) (Marx e Engels)

·                     Trabalho Assalariado e Capital (1849)

·                     O 18 Brumário de Luís Bonaparte (1852)

·                     Contribuição à Crítica da Economia Política (1859)

·                     O Capital (1867)

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