Desenvolvimento
Humano Escrito por: Juliene Aparecida Alves Felix,
Aline Fernandes Simplício, Sandra Mary Duarte, Lielton Maia Silva
A juventude é um conceito
que pode ser visto como uma construção social, assim como pode também ser
capturado e instituído. Dessa forma, o conceito de juventude nos faz pensar no
sujeito como um ser constituído e atravessado por fluxos, multiplicidades e
diferenças (AUGUSTIN e GEARA, 2014).
O termo juventude parece ser
privilegiado no campo das teorias sociológicas e históricas, no qual a leitura
do coletivo prevalece. Sendo assim, a juventude só poderia ser entendida na sua
articulação com os processos sociais mais gerais e na sua inserção no conjunto
das relações sociais produzidas ao longo da história (SILVA e LOPES, 2009).
O consumo desempenha hoje um
papel central na vida dos jovens, uma vez que estes usam os padrões de consumo
para definir a sua identidade e para se integrar nos diversos grupos sociais
(SANTOS, 2004).
Entre as variadas
influências do dia a dia de um adolescente, a presença da mídia televisiva pode
representar um fator importante na formação da sua personalidade,
principalmente no que se refere ao comportamento de consumo (GARROTE, 2015).
DIFERENÇAS
ENTRE JUVENTUDE E ADOLESCÊNCIA
É importante se entender a
diferença entre adolescência e juventude; já que ambas são frequentemente
confundidas, quando não são usadas erroneamente como sinônimos. A noção de
adolescência surge associada à lógica desenvolvimentista, sendo uma etapa do
desenvolvimento que todos passariam obrigatório e similarmente. A juventude é
um conceito que pode ser visto como uma construção social, assim como pode
também ser capturado e instituído. Dessa forma, o conceito de juventude nos faz
pensar no sujeito como um ser constituído e atravessado por fluxos,
multiplicidades e diferenças (AUGUSTIN e GEARA, 2014).
O termo adolescência parece
estar mais vinculado às teorias psicológicas, considerando o indivíduo como ser
psíquico, pautado pela realidade que constroi e por sua experiência subjetiva.
Ao passo que o termo juventude parece ser privilegiado no campo das teorias
sociológicas e históricas, no qual a leitura do coletivo prevalece. Sendo
assim, a juventude só poderia ser entendida na sua articulação com os processos
sociais mais gerais e na sua inserção no conjunto das relações sociais
produzidas ao longo da história (SILVA e LOPES, 2009).
De acordo com Falcão e
Kovaleski (2014), adolescência e juventude são condições sociais parametrizadas
por uma faixa etária. No Brasil, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)
estabelece que o adolescente é o indivíduo entre 12 e 18 anos incompletos. Já o
termo jovem costuma ser utilizado para designar a pessoa entre 15 e 29 anos. Assim,
podem ser considerados jovens os adolescentes-jovens (entre 15 e 17 anos), os
jovens-jovens (com idade entre 18 e 24 anos) e os jovens adultos (faixa-etária
dos 25 aos 29 anos).
CARACTERIZANDO
CONSUMO
A atividade econômica tem
como objetivo a produção de bens e serviços que se destinam à satisfação das
necessidades. É através do consumo que o homem satisfaz as suas necessidades.
Podemos dizer que o consumo consiste na utilização de um bem ou de um serviço
para a satisfação de uma necessidade (NUNES, 2008).
Ainda de acordo com o autor,
o consumo não é apenas um ato econômico, é, também, um ato social que reflete
hábitos, costumes sistemas de valores, etc. São muitos os fatores que
influenciam o consumo. Estes fatores podem ser econômicos e sociais.
A complexidade da ação de
comprar torna-se evidente se considerarmos os fatores que estão envolvidos no
processo de consumo. O comportamento do consumidor resulta de todas as atividades
que se desenvolvem para selecionar e adquirir um produto para a satisfação das
suas necessidades, mas também de todo o meio envolvente, que ajudou e ajuda a
construir os valores e as motivações que se tornam inerentes ao indivíduo na
tomada de decisões (SANTOS, 2004).
O
CONSUMO NA JUVENTUDE
O consumo desempenha hoje um
papel central na vida dos jovens, uma vez que estes usam os padrões de consumo
para definir a sua identidade e para integrar-se nos diversos grupos sociais.
As melhorias das condições de vida e o fato de os jovens como indivíduos
atravessarem uma fase de liberdade, de busca de personalidade e de valores, sem
impor restrições a si próprios, tendem a apreciar e valorizar a vida social e o
divertimento. Os jovens têm vindo a ganhar cada vez mais relevância nas sociedades,
quer como consumidores, quer como influenciador de alterações no pensamento,
normas e valores de uma nação. São os jovens que ajudam a estabelecer as
tendências do comportamento social através da sua energia, vigorosidade, o seu
espírito rebelde e a sua maior abertura para as novidades. A sua importância é
traduzida pelo papel marcante que assumem na influência que fazem sentir ao
nível dos valores e do consumo de todas as sociedades (SANTOS, 2004).
As fronteiras do consumo no
mundo da “Geração D – Nativos digitais” não têm limites. Estar “antenado”
ou usar a roupa da ‘galera’ já não fazem parte somente da vida dos jovens e
adultos. A luta agora é estar atualizado para fazer parte do grupo. De olho
nesta fatia do mercado, o comércio já enxergou a mina de ouro: adolescentes são
compradores vorazes e já existem produtos que satisfazem os seus desejos. E os
pais (na maioria das vezes) são responsáveis por arcar com as despesas, sejam
com boas mesadas ou, em alguns casos, oferecendo ao filho o direito de possuir
um cartão de crédito próprio (REIS, 2012).
Além dos aparatos
tecnológicos, há também a moda, e a tendência é aquela ditada pelos
colegas do grupo ou ídolo preferido. Quer seja o colorido das roupas ou a
extravagância dos modelos, o que importa é chamar a atenção. Além dos
vestuários, as indústrias apostam também em objetos para que o adolescente se
sinta cada vez mais unido ao cantor, à banda, ao filme que gosta. E assim
surgem produtos como pôsteres, chaveiros, bolsas, cadernos e diversos outros
que estampam os ídolos adolescentes e aumentam o desejo de consumo (REIS,
2012).
Portanto, para caracterizar
ou entender o processo de compra dos jovens devemos ter em consideração a
importância relativa dos produtos ou mercados para este segmento de consumidores.
É importante conhecer as expectativas, as ambições como resultado das
influências e motivações que determinam a escolha de determinado produto, de
uma marca ou de uma loja específica (SANTOS, 2004).
A
INFLUÊNCIA DA MÍDIA SOBRE O CONSUMO
A mídia invade nosso
cotidiano. A criança e o adolescente de hoje não conheceram o mundo de outra
maneira - nasceram imersas no mundo com telefone, fax, computadores, televisão,
etc. TVs ligadas a maior parte do tempo, assistidas por qualquer faixa etária,
acabam por assumir um papel significativo na construção de valores culturais. A
cultura do consumo molda o campo social, construindo, desde muito cedo, a
experiência da criança e do adolescente que vai se consolidando em atitudes
centradas no consumo (CAMPOS e SOUZA, 2003).
Sabe-se que a mídia em geral
tem um papel importante no comportamento de consumo das pessoas e o poder que
ela tem de influenciar a massa, muda hábitos de consumo, cria novos públicos,
novos ídolos, novos produtos e de um dia para outro pode acabar com tudo isso,
criando uma situação totalmente diferente da anterior. Isso se deve ao fato, da
mídia, principalmente a televisão, trabalhar com modismos, com coisas e
situações que façam com que as pessoas se identifiquem com aquilo e passem a
comentar (FARIA e RODRIGUES).
A construção da
personalidade de um indivíduo reflete a um processo de transformações em sua
vida social, na fase da adolescência o contexto social passa a ter uma
representatividade ainda maior na formação da personalidade, o adolescente
passa a ser sujeito das influências do dia a dia de seu grupo social,
absorvendo e filtrando os conhecimentos que adquire cotidianamente, formando
valores que farão parte da sua personalidade adulta. Entre as variadas
influências do dia a dia de um adolescente, a presença da mídia televisiva pode
representar um fator importante na formação da sua personalidade,
principalmente no que se refere ao comportamento de consumo (GARROTE, 2015).
A mídia trabalha para que a
sua produção de imagens chegue ao indivíduo de maneira que legitime e afirme
não só o consumo, mas também os modos de sociabilidade - uma espécie de
orientação sobre como viver e se relacionar em sociedade - nelas inseridos.
Para isso, a mídia ensina o que, onde, quando e como consumir. A mídia ensina
como devemos ser. Por meio de suas representações, o indivíduo pode se
reconhecer como protagonista das imagens, espelhando-se nos modelos
apresentados, fazendo da imagem midiática algo a ser copiado. A força da mídia
parece ser incontestável e, com isso, sua presença no cotidiano ganha
"raízes". E é essa força que parece estar escrevendo as linhas da
história da nossa sociedade (SAMARÃO e FURTADO, 2015).
METODOLOGIA (MATERIAIS E MÉTODOS)
No desenvolvimento deste
trabalho foi utilizada pesquisa de natureza básica, que objetiva gerar novos
conhecimentos, úteis para o avanço da ciência, sem aplicação prática prevista
(GERHARDT e SILVEIRA, 2014).
O desenvolvimento deste
trabalho consiste em pesquisas bibliográficas, que segundo Freire (2011),
abrange toda bibliografia já tornada pública em relação ao tema em estudo,
desde publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas,
monografias, teses, material cartográfico etc. Tendo como finalidade colocar o
pesquisador em contato direto com tudo que já foi escrito, dito ou filmado
sobre determinado assunto.
Nesse estudo foram
selecionados 20 artigos sobre juventude e consumo. Os artigos foram pesquisados
das bases de dados como Scielo (Scientific Eletronic Library Online) e Google
Acadêmico. Com a utilização das palavras chaves: juventude, consumo, mídia.
Desses 20 artigos selecionados, foram 11 considerados através dos critérios de
seleção: abordagem da influência da mídia sobre o consumo, juventude e consumo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O alvo da mídia publicitária
hoje são os jovens que compram demais. Mas o grande fator para eles comprarem é
o medo de não ser aceito em determinado grupo de amigos por estar fora da moda,
por exemplo. Isto só acontece, porque os jovens estão imaturos e com auto-estima
baixa, tendem mais a se influenciar pelo grupo, como forma de auto-afirmação.
A solução não é deixar de
consumir, já que temos necessidades. Cabe aos pais desenvolverem uma
“alfabetização para a mídia” tendo uma postura investigativa e crítica diante
de tudo o que a mídia nos impõe; ter uma postura de não aceitação passiva
levará à consciência do que realmente somos e buscamos.
Esse estudo nos possibilitou
a compreensão de que a mídia possui exacerbada influência sobre a relação jovem
e consumo.
REFERÊNCIAS:
FELIX, Juliene Aparecida
Alves; SIMPLÍCIO, Aline Fernandes; DUARTE, Sandra Mary; SILVA, Lielton Maia. Juventude e Consumo: A Influência
Exacerbada da Mídia. Psicologado, [S.l.]. (2016).
Disponível em https://psicologado.com.br/psicologia-geral/desenvolvimento-humano/juventude-e-consumo-a-influencia-exacerbada-da-midia .
Acesso em 2 Set 2020.
Felix, J. A. A. &
Simplício, A. F. & Duarte, S. M. & Silva, L. M., 2016. Juventude
e Consumo: A Influência Exacerbada da Mídia. [online] Psicologado.
Available at: https://psicologado.com.br/psicologia-geral/desenvolvimento-humano/juventude-e-consumo-a-influencia-exacerbada-da-midia [Acessed 01 Sep 2020]
FELIX, Juliene Aparecida
Alves; SIMPLÍCIO, Aline Fernandes; DUARTE, Sandra Mary; SILVA, Lielton Maia. Juventude e Consumo: A Influência
Exacerbada da Mídia [online]. Psicologado,
(2016) [viewed date: 01 Sep 2020]. Available from https://psicologado.com.br/psicologia-geral/desenvolvimento-humano/juventude-e-consumo-a-influencia-exacerbada-da-midia
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