terça-feira, 15 de setembro de 2020

ÉMILE DURKHEIM

 

ÉMILE DURKHEIM

            Vivendo no período que vai da segunda metade do século XIX até o final da Primeira Guerra Mundial, foi contemporâneo dos acontecimentos significativos do período.

  Faz uma leitura conservadora da crise social do seu tempo, acreditando ser provocada pelo desregramento, que seria resolvida com a formação de instituições públicas capazes de se impor aos membros da sociedade e eliminar os conflitos.

 

Funcionalismo – representa uma teoria reprodutora e conservadora da sociedade capitalista. O principal representante do funcionalismo é Emile Durkheim (1858-1917), este pensador estabelece uma analogia entre a sociedade e o organismo biológico

humano. Assim a sociedade funciona graças a seu sistema orgânico, onde cada instituição ou pessoa faz parte de relações funcionais, fazendo uma organização social de dependência e complementaridade das atividades sociais, assim a sociedade é um todo organizado e harmônico.

 

Para Durkheim a sociedade é semelhante a um organismo vivo, e, para que ele funcione perfeitamente é necessário que cada uma de suas partes (órgãos) cumpra bem a função que lhe cabe exercer. A exemplo do que ocorre com os seres vivos, a sociedade, para bem funcionar, precisa que cada um de seus membros (os indivíduos) cumpra a contento sua função na sociedade. Isso demonstra, na teoria sociológica de Émile Durkheim, que as partes cumprem sua função em vista do todo, ou seja, os indivíduos trabalham (realizam sua função) em vista do bem social. 

 

A sociedade, como um organismo vivo, possui dois estados de existência: o estado normal e o estado patológico ou doentio. O estado normal refere-se aos acontecimentos (fatos sociais)regulares de uma sociedade, isto é, tudo aquilo que está dentro do esperado, do planejado, do aceitável. O estado patológico designa fatos, comportamentos considerados doentios, prejudiciais à harmonia e ao consenso, estando, portanto, fora dos limites permitidos pela ordem social e pela moral vigente. O sociólogo define a sociedade atual como patológica, por não exercer mais sua função social de frear moralmente os indivíduos. 

 

            Fato social consiste em “maneira coletivas de penar sentir e agir, exteriores ao indivíduo e dotadas de um poder de coerção em virtude do qual se lhe impõem.”

            Seguindo essas ideias, Durkheim afirmara que os fatos sociais, ou seja, o objeto de estudo da sociologia, é justamente essas regras e normas coletivas que orientam a vida dos indivíduos em sociedade. Tais fatos sociais são diferentes dos fatos estudados por outras ciências por terem origem na sociedade, e não na natureza (como nas ciências naturais) ou no indivíduo (na psicologia).

 

 

Para Émile Durkheim a sociedade é um conjunto de normas e regras de ação (conduta),pensamento e sentimento que orientam a vida em sociedade. Essas regras existem na consciência de cada indivíduo e também existem socialmente, pois são aceitas por todos os membros da sociedade. Portanto, para ele, a sociedade está acima dos interesses particulares dos indivíduos, embora seja uma construção das consciências individuais combinadas e sintetizadas. A sociedade exerce uma coerção (obrigação) sobre o indivíduo amoldando-o aos modos de agir, pensar e sentir de seu grupo social. Essa adequação do indivíduo às normas e regras é feita.

 

através da “instituição educacional”, onde toda a sociedade é responsável por fazer com que seus membros aprendam as regras necessárias à organização da vida social. O melhor exemplo são as leis, que existem para, de modo coercitivo (proibindo e punindo),organizarem a vida em conjunto; mas não são criadas ou modificadas pelo indivíduo isolado, e, sim pelas gerações de homens que, coletivamente, as elaboram e/ou reformulam.

 

Esses fatos sociais têm três características básicas que permitirão sua identificação na realidade, elas são:

            1ª. Generalidade – o fato social é comum aos membros de um grupo;

            2ª. Exterioridade – o fato social é externo ao indivíduo, existe independentemente de sua vontade. Isto é, consistem em ideias, normas ou regras de conduta que não são criadas isoladamente pelos indivíduos, mas foram criadas pela coletividade e já existem fora de nós quando nascemos.

            3ª. Coercitividade – os indivíduos veem-se obrigados a seguir o comportamento estabelecido porque essas ideias, normas e regras devem ser seguidas pelos membros da sociedade; se isso não acontece, se alguém desobedece a elas, é punido, de alguma maneira pelo resto do grupo.

 

É justamente a educação um dos exemplos preferidos por Durkheim para mostrar o que é um fato social. O indivíduo, segundo ele, não nasce sabendo previamente as normas de conduta necessárias para a vida em sociedade. Por isso, toda sociedade tem de educar seus membros, fazendo com que aprendam as regras necessárias à organização da vida social. As gerações adultas transmitem às crianças e aos adolescentes aquilo que aprenderam ao longo de sua vida em sociedade. Com isso, o grupo social é perpetuado, apesar da morte dos indivíduos.

Biografia de Karl Marx

Karl Marx (1818–1883) foi um filósofo e revolucionário socialista alemão. Criou as bases da doutrina comunista, onde criticou o capitalismo. Sua filosofia exerceu influência em várias áreas do conhecimento, tais como Sociologia, Política, Direito e Economia.

Karl Heinrich Marx nasceu em Trier, Renânia, província ao sul da Prússia - um dos muitos reinos em que a Alemanha estava fragmentada, no dia 5 de maio de 1818. Filho de Herschel Marx, advogado e conselheiro da justiça, descendente de judeu, era perseguido pelo governo absolutista de Guilherme III.

Em 1835, depois de concluir seus estudos no Liceu Friedrich Wilhelm, Karl ingressou no curso de Direito da Universidade de Bonn onde participou das lutas políticas estudantis.

No final de 1836, Karl Marx se transferiu para a Universidade de Berlim para estudar Filosofia. Nessa época, se propagavam as ideias de Hegel, destacado filósofo e idealista alemão. Marx se alinha com os "hegelianos de esquerda", que procuram analisar as questões sociais, fundamentados na necessidade de transformações na burguesia da Alemanha.

Entre 1838 e 1840, Karl Marx se dedica a elaborar sua tese. Doutorou-se em Filosofia em 1841, na Universidade de Jena, com a tese "A Diferença Entre a Filosofia da Natureza de Demócrito e a de Epicuro".

Por motivos políticos, Karl Marx não consegue a nomeação para lecionar na universidade, que não aceita mestres que seguem as ideias de Hegel. Com a recusa, Marx passa a escrever artigos para os Anais Alemães, de seu amigo Arnold Ruge, mas a censura impede sua publicação.

Em outubro de 1842, muda-se para Colônia, e assume a direção do jornal “Gazeta Renana”, onde conhece Friedrich Engels, mas logo após a publicação do artigo sobre o absolutismo russo, o governo fecha o jornal.

Marx e Engels

Em julho de 1843, Marx casa-se com Jenny, irmã de seu amigo Edgard von Westphalen. O casal muda-se para Paris, onde Marx junto com Ruge funda a revista "Anais Franco-Alemãs", e publica os artigos de Friedrich Engels. Publica também "Introdução à Crítica da Filosofia do Direito de Hegel" e "Sobre a Questão Judaica". Nessa época, ingressa numa sociedade secreta.

Em fins de 1844, Marx começa a escrever para o "Vornaerts", em Paris. As opiniões desagradam o governo de Frederico Guilherme V, imperador da Prússia, que pressiona o governo francês a expulsar os colaboradores da publicação, entre eles Marx e Engels. Em fevereiro de 1845, é obrigado a sair da França e segue para a Bélgica.

Karl Marx dedica-se a escrever teses sobre o socialismo e mantém contato com o movimento operário europeu. Funda a "Sociedade dos Trabalhadores Alemães". Junto com Engels, adquirem um semanário e se integram à "Liga dos Justos", entidade secreta de operários alemães, com filiais por toda a Europa.

Manifesto Comunista

No Segundo Congresso da Liga dos Justos, Marx e Engels são solicitados para redigir um manifesto. No dia 21 de fevereiro de 1848, com base no trabalho de Engels, Os Princípios do Comunismo, Marx escreve o "Manifesto Comunista", onde esboça suas principais ideias com a luta de classe e o materialismo histórico.

Critica o capitalismo, expõe a história do movimento operário, e termina com um apelo pela união dos operários no mundo todo. Pouco tempo depois, Karl e sua mulher são presos e expulsos da Bélgica e se instalam em Londres.

Apesar da crise, em 1864, Marx funda a "Associação Internacional dos Trabalhadores", que fica conhecida como "Primeira Internacional". Com a ajuda de Engels, publica em 1867, o primeiro volume de sua mais importante obra, "O Capital", em que sintetiza suas críticas à economia capitalista.

O Capital

A principal obra de Karl Marx é “O Capital”, nele, Marx faz uma análise crítica ao Capitalismo. Sintetiza o modo de funcionamento da economia capitalista, mostrando que ela está baseada na exploração do trabalhador assalariado, que produz um excedente que acaba ficando para o capitalista.

Segundo as teorias desenvolvidas por Karl Marx, o excedente deveria voltar para o trabalhador, na forma de salário, numa porcentagem do valor equivalente ao que foi produzido, e a outra parte ficaria com o dono dos meios de produção. Essa seria então, o que Marx chamou de “mais-valia”. Com a ajuda de Engels, o primeiro volume foi publicado em 1867.

Karl Marx faleceu em Londres, Inglaterra, no dia 14 de março de 1883.

Principais Obras de Karl Marx

·                     O Manifesto Comunista (1848) (Marx e Engels)

·                     Trabalho Assalariado e Capital (1849)

·                     O 18 Brumário de Luís Bonaparte (1852)

·                     Contribuição à Crítica da Economia Política (1859)

·                     O Capital (1867)

sexta-feira, 11 de setembro de 2020

REDES SOCIAIS

 

AS 10 REDES SOCIAIS MAIS USADAS NO BRASIL

1. YouTube

Por incrível que pareça, o YouTube passou o Facebook e, em 2019, tornou-se a rede social mais utilizada pelos brasileiros. Mais especificamente, 95% dos internautas tupiniquins estão presentes na plataforma.

Para você ter uma ideia, o canal brasileiro KondZilla é o quarto maior do mundo com, no dia de hoje, 54,9 milhões de inscritos!

O YouTube é a principal rede social de vídeos online da atualidade, com mais de 1 bilhão de usuários ativos e mais de 1 bilhão de horas de vídeos visualizados diariamente.

Como o formato do vídeo para distribuição de conteúdo está cada vez mais consolidado, vale investir na rede social como forma de distribuir esse conteúdo.

 

 
2. Facebook

Facebook pode ter perdido o seu posto supremo no Brasil, porém, ainda figura com louvor na segunda posição das redes sociais mais utilizadas por nós. E, claro, segue sendo a mais utilizada pela população mundial: com mais de 2,2 bilhões de contas ativas – sendo 130 milhões delas brasileiras.

Isso coloca o Brasil como terceiro principal usuário da rede social, junto com a Indonésia, atrás somente de Índia e Estados Unidos.

O Facebook é uma rede social versátil e abrangente, que reúne muitas funcionalidades no mesmo lugar. Serve tanto para gerar negócios quanto para conhecer pessoas, relacionar-se com amigos e família, informar-se, dentre outros.

É por isso que, para empresas que investem em Inbound Marketing, é praticamente impossível não estar no Facebook.

Materiais gratuitos para saber mais sobre como utilizar o Facebook em sua estratégia:

 

3. WhatsApp

WhatsApp é a rede social de mensagens instantâneas mais popular entre os brasileiros: praticamente todas as pessoas que têm um smartphone também o têm instalado. Por aqui, aliás, o aplicativo ganhou até o “carinhoso” apelido de zap zap.

Para muitos brasileiros, o WhatsApp é “a internet”. Algumas operadoras permitem o uso ilimitado do aplicativo, sem debitar do consumo do pacote de dados. Por isso, muita gente se informa através dele. Foi calculado que 89% dos internautas brasileiros estão no WhatsApp.

O app esteve no centro de muitos debates nas eleições de 2018, já que é muito usado para compartilhamento de informações em conversas pessoais ou em grupos. Essa característica, aliás, é o que faz com o “zap” seja considerado uma rede social.

 

4. Instagram

Instagram foi uma das primeiras redes sociais exclusivas para acesso por meio do celular. E, embora hoje seja possível visualizar publicações no desktop, seu formato continua sendo voltado para dispositivos móveis.

O Instagram já mudou bastante desde 2012, quando foi comprado pelo Facebook – que pagou 1 bilhão de dólares pela transação! Hoje é possível postar fotos com proporções diferentes, além de outros formatos, como vídeos, Stories e mais.

Os Stories, aliás, são os principais pontos de inovação do aplicativo. Já são diversos formatos de post por ali, como perguntas, enquetes, vídeos em sequência e o uso de GIFs. Saiba mais sobre os Stories no post Instagram Stories: tudo sobre o formato perfeito para empresas.

Em 2018, foi lançado o IGTV. E em 2019 o Instagram Cenas, uma espécie de imitação do TikTok: o usuário pode produzir vídeos de 15 segundos, adicionando música ou áudios retirados de outro clipezinho. Há ainda efeitos de corte, legendas e sobreposição para transições mais limpas – lembrando que esta é mais uma das funcionalidades que atuam dentro dos Stories.

Ter uma conta no Insta é uma oportunidade de divulgar seus conteúdos de forma visual, humanizar a marca – mostrando os bastidores, por exemplo -, e de atrair candidatos, caso esteja contratando.

 

5. Facebook Messenger

Messenger é a ferramenta de mensagens instantâneas do Facebook. Foi incorporada ao Facebook em 2011 e separada da plataforma em 2016.

Com a “separação”, o download do aplicativo Messenger tornou-se obrigatório para usuários da rede social via smartphones, já que não é mais possível responder mensagens pelo aplicativo do Facebook.

Além de um app de mensagens, o Messenger também tem uma função Stories exclusiva. Para empresas, possui alguns recursos interessantes, como bots e respostas inteligentes.


6. Twitter

Twitter atingiu seu auge em meados de 2009 e de lá para cá está em declínio, mas isso não quer dizer todos os públicos pararam de usar a rede social.

Hoje, a rede social é usada principalmente como segunda tela em que os usuários comentam e debatem o que estão assistindo na TV, postando comentários sobre noticiários, reality shows, jogos de futebol e outros programas.

Nos últimos anos, a rede social acabou voltando a fazer barulho por causa de seu uso por políticos, que divulgam informações em primeira mão por ali. Ainda assim, o Twitter pode ser fonte de Leads e vendas para o seu negócio.

 

7. LinkedIn

A maior rede social voltada para profissionais tem se tornado cada vez mais parecida com outros sites do mesmo tipo, como o Facebook.

A diferença é que o foco são contatos profissionais, ou seja: no lugar de amigos, temos conexões, e em vez de páginas, temos companhias. Outro grande diferencial são as comunidades, que reúnem interessados em algum tema, profissão ou mercado específicos.

É usado por muitas empresas para recrutamento de profissionais, para troca de experiências profissionais em comunidades e outras atividades relacionadas ao mundo corporativo.

Materiais gratuitos sobre LinkedIn:


8. Pinterest

Pinterest é uma rede social de fotos que traz o conceito de “mural de referências”. Lá você cria pastas para guardar suas inspirações e também pode fazer upload de imagens assim como colocar links para URLs externas.

Os temas mais populares são:

  • Moda;
  • Maquiagem;
  • Casamento;
  • Gastronomia;
  • Arquitetura;
  • Faça você mesmo;
  • Gadgets;
  • Viagem e design.

Seu público é majoritariamente feminino em todo o mundo.

Em sua empresa, você não precisa criar pastas somente com conteúdo próprio. Selecione imagens que tenham a alma da sua marca, ajudem na construção dela e possam ser uma porta de entrada para o usuário chegar até você. É possível também criar pins patrocinados que aparecem com mais relevância no feed dos usuários.

 

9. Skype

Skype nada mais é que uma versão renovada e mais tecnológica do famigerado MSN Messenger, lembra dele? Bom, talvez sim, talvez não. O fato é que possível realizar chamadas de vídeo e voz, gravar as chamadas, enviar mensagens pelo chat (em grupo ou 1-1) e também arquivos. Tudo de forma gratuita.

Contudo, o usuário também pode contratar mais opções de uso – de forma pré-paga ou por meio de uma assinatura – para realizar chamadas para telefones fixos e chamadas com vídeo em grupo ou até mesmo enviar SMS.

É possível, no caso, obter um número de telefone por meio próprio do Skype, seja ele local ou de outra região/país, e fazer ligações a taxas reduzidas.

Tudo isso torna o Skype uma ferramenta válida para o mundo corporativo, sendo muito utilizado por empresas de diversos nichos e tamanhos.

 

10. Snapchat

Snapchat é um aplicativo de compartilhamento de fotos, vídeos e texto para mobile. Foi considerado o símbolo da pós-modernidade pela sua proposta de conteúdos efêmeros conhecidos como snaps, que desaparecem algumas horas após a publicação.

A rede lançou o conceito de “stories”, despertando o interesse de Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, que diversas vezes tentou adquirir a empresa, mas não obteve sucesso. Assim, o CEO lançou a funcionalidade nas redes que já haviam sido absorvidas, criando os concorrentes Whatsapp StatusFacebook Stories e Instagram Stories.

Apesar de não ser uma rede social de nicho, tem um público bem específico, formado por jovens hiperconectados.

Pensando em usar o Snapchat para empresas, é possível criar filtros com imagens baseados em geolocalização, o que é uma ótima opção para engajar usuários em eventos, por exemplo.

 

QUAIS OS TIPOS DE REDES SOCIAIS

Você pode achar que redes sociais são todas iguais, mas não é bem assim.

Na verdade, elas costumam ser divididas em diferentes tipos, de acordo com o objetivo dos usuários ao criarem um perfil. E uma mesma rede social pode ser de mais de um tipo.

A classificação mais comum é:

·              RELACIONAMENTO

·              ENTRETENIMENTO

·              PROFISSIONAL

·              NICHO

Rede social de relacionamento

Você pode estar pensando: “ué, mas o propósito das redes sociais não é justamente o relacionamento?”. De fato esse é o objetivo da maioria delas, mas há algumas que são especialmente focadas nisso.

O caso mais conhecido é o Facebook, cujo propósito, pelo menos em sua concepção, era o de conectar pessoas. Mas podemos citar inúmeras outras redes, que inclusive também se encaixam nos outros tipos, como Instagram, LinkedIn, Twitter, Google+ etc.

Rede social de entretenimento

Redes sociais de entretenimento são aquelas nas quais o objetivo principal não é se relacionar com as pessoas, e sim consumir conteúdo.

O exemplo mais icônico é o YouTube, a maior plataforma de distribuição de vídeos do mundo, em que o objetivo é publicar e assistir a vídeos. Outro caso é o Pinterest, no qual as pessoas publicam e consomem imagens.

Rede social profissional

São aquelas em que os usuários têm como objetivo criar relacionamentos profissionais com outros usuários, divulgar projetos e conquistas profissionais, apresentar seu currículo e habilidades, conseguir indicações, empregos etc.

O LinkedIn é a rede social profissional mais conhecida e utilizada, mas há outras que também vêm conquistando espaço, como Bebee, Bayt, Xing e Viadeo. Além disso, outras redes que não são exclusivamente profissionais também têm sido utilizadas para esse fim, como o Facebook, o Instagram, o YouTube, o Twitter e o Pinterest.

Rede social de nicho

Redes sociais de nicho são aquelas voltadas para um público específico, seja uma categoria profissional ou pessoas que possuem um interesse específico em comum.

Um dos casos mais emblemáticos é a TripAdvisor, em que os usuários atribuem notas a atrações relacionadas ao ramo gastronômico e turístico.

Outro exemplo é a DeviantArt, comunidade em que artistas visuais promovem seus trabalhos.

Há ainda a Goodreads, uma rede social para leitores, que podem fazer resenhas de livros e recomendá-los.

Esse são só alguns dos exemplos mais populares de redes sociais de nicho. O campo é bastante amplo.

quarta-feira, 9 de setembro de 2020

POSITIVISMO

 

O positivismo é uma corrente filosófica do século XIX que aposta na ordem e na ciência para a obtenção de progresso social.

positivismo é uma corrente teórica inspirada no ideal de progresso contínuo da humanidade. O pensamento positivista postula a existência de uma marcha contínua e progressiva e que a humanidade tende a progredir constantemente. O progresso, que é uma constatação histórica, deve ser sempre reforçado, de acordo com o que Auguste Comte, criador do positivismo, chamou de Ciências Positivas. As Ciências Positivas teriam a sua mais forte expressão na Sociologia, ciência da qual Comte é considerado o fundador.

O positivismo também incorporou, na teoria de Comte, elementos políticos e ganhou, nos trabalhos de John Stuart Mill, um escopo mais ético e moral. Isso acabou reforçando o molde de uma teoria política positivista, fundada na ordem e no conhecimento para se alcançar o progresso.

Essa teoria ressoou na política brasileira, mais especificamente no início do período da Primeira República, pois o marechal Deodoro da Fonseca (primeiro presidente do Brasil) e outros políticos que participaram do governo tinham fortes influências positivistas.

 

HISTÓRIA DO POSITIVISMO E A SOCIOLOGIA DO SÉCULO XIX

positivismo foi uma corrente filosófica que nasceu na França, no século XIX, derivada do pensamento iluminista. Pode-se dizer que o seu fundador foi o filósofo e também criador da Sociologia, Auguste Comte (1798 – 1857). Outro nome importante para o positivismo é John Stuart Mill (1806 – 1873), que adaptou o pensamento positivista ao utilitarismo moral inglês, que teria surgido com Jeremy Bentham, jurista, filósofo e professor de Mill. Com a adaptação ao utilitarismo, o positivismo ganhou um tom mais voltado para a filosofia moral, delineando os preceitos éticos da teoria de Mill.

Outros fatores que marcaram o positivismo foram Revolução Industrial e as crises sociais que ocorreram em decorrência direta dessa revolução e da explosão demográfica dos grandes centros urbanos europeus, ocasionada pelo surgimento rápido de muitas indústrias. Nesse período, a fome e a desigualdade social alastraram-se pelos centros urbanos, ao mesmo tempo em que os antigos paradigmas medievais e o Antigo Regime eram, progressivamente, superados.

Assustados por uma sociedade nova e complexa, os intelectuais tiveram dificuldade para entender esse novo modelo social, completamente diferente de tudo o que tinha acontecido até então. A teoria positivista e a Sociologia foram as propostas de Comte para se entender a nova organização que tanto assustou os pensadores e modificou a vida das pessoas.

Auguste Comte apostava no progresso moral e científico da sociedade por meio da ordem social e do desenvolvimento das ciências. O pensador estabeleceu uma espécie de hierarquia das sete grandes ciências: Matemática, Astronomia, Física, Química, Moral, Biologia e Sociologia, sendo essas duas últimas superiores.

O filósofo acreditava que a Sociologia deveria basear-se nas ciências da natureza, sobretudo na Biologia e na Física, que tentam descobrir e decodificar as leis naturais. O sociólogo deveria fazer um trabalho análogo na sociedade: descobrir e decodificar as leis sociais. O sociólogo deveria ser um cientista observador, apoiando-se no conteúdo de sua análise e nos fatos.

O estágio em que a humanidade encontrava-se era o de maior evolução, segundo a Lei dos Três Estados, de Comte, que estabelece três classificações distintas: o estado teológico (primeiro e menos desenvolvido), o estado metafísico (segundo e intermediário) e o estado positivo (último e melhor). O estado positivo ocorreu, segundo Comte, a partir do momento em que a humanidade passou a priorizar a ciência como fonte do saber confiável.

O método positivista também originou uma teoria historiográfica, inspirada nas ideias do conde de Saint Simon (1760-1825), filósofo francês para quem a humanidade progrediria continuamente, indo sempre adiante e nunca regredindo. Segundo a historiografia positivista, o progresso histórico deveria ser constantemente aferido, tomando por base apenas os fatos que são constantemente registrados.

No Brasil, o positivismo influenciou fortemente os militares e políticos ligados ao marechal Manuel Deodoro da Fonseca, que em 1889 depôs o imperador Dom Pedro II e tornou-se o primeiro presidente do Brasil, implantando uma tentativa de se fazer uma política baseada no positivismo, com o cultivo e a imposição da ordem social para se chegar ao progresso.

Ainda no século XIX e no século XX, o termo positivismo ganhou outros significados, tendo surgido o positivismo jurídico, no âmbito do direito, e o positivismo lógico, entre os filósofos da linguagem, que seria uma crença de que a análise lógica da linguagem seria o caminho para solucionar todos os problemas filosóficos.

 

CARACTERÍSTICAS DO POSITIVISMO

→ Doutrina filosófica baseada em teorias e leis

A aspiração mais remota do positivismo encontra-se no movimento iluminista, fortemente admirado por Comte. Apoiador da Revolução Francesa, Auguste Comte era favorável ao pensamento republicano, mas acreditava que o caos e a anarquia, predominantes em alguns períodos da revolução e pós-revolução, eram empecilhos para a marcha acelerada do progresso.

→ Doutrina sociológica

Antes de tudo, o positivismo era uma doutrina sociológica que se baseava na Lei dos Três Estados. A Ciência Social estaria no último e mais avançado estágio de desenvolvimento da humanidade, acompanhada da Biologia. Isso conferiu ao positivismo o estatuto de doutrina fortemente ancorada no pensamento científico.

→ Doutrina política

ordem, o rigor e o empenho pela organização são características fundamentais para a doutrina positivista. Daí deriva o lema estampado na bandeira brasileira, desenhada durante o início da era republicana no Brasil.

→ Aposta nas ciências e na industrialização

O pensamento positivista garante que o progresso da humanidade, além de intimamente ligado às ciências positivas, está também relacionado com o impulsionamento da industrialização e da tecnologia.

→ Religião positiva

Com a superação do período teológico e das religiões baseadas nos mitos e na existência de um mundo sobrenatural, Comte afirmou a necessidade de uma nova espécie de religião, baseada não em algo acima da natureza, mas na própria natureza e na capacidade humana de desvendar os mistérios dessa natureza por meio da ciência. Grosso modo, podemos dizer que, na religião positiva, a figura de Deus é substituída pela ciência.

Positivismo no Brasil - “Ordem e Progresso”



“Ordem e Progresso” são influências do pensamento positivista.

lema de nossa bandeira é positivista, pois a Primeira República brasileira (1889-1930) foi um período político com forte inspiração na teoria formulada por Auguste Comte. Tanto o primeiro presidente, marechal Deodoro da Fonseca, quanto parte do Parlamento, eram republicanos. O pensamento republicano nascido na França era baseado na liberdade individual e na responsabilidade moral, fruto daquela liberdade. A liberdade individual e, principalmente, a responsabilidade moral são preceitos fundamentais do positivismo, pois são valiosos pilares para o progresso.

Apesar da forte inspiração no início da república, o positivismo no Brasil não durou, e o lema estampado em nossa bandeira não vingou. A política brasileira, que passou por sucessivos atentados contra a democracia e reprimiu a liberdade dos cidadãos, perdeu, antes mesmo do fim da Primeira República (que se tornou um regime coronelista mantido pelo voto de cabresto), os ideais positivistas tão caros para os republicanos franceses.




Moeda com retrato do primeiro presidente do Brasil, o marechal Deodoro da Fonseca.

Resumo

·                 O positivismo surgiu com Auguste Comte, no século XIX;

·                 Marcou o início da Sociologia;

·                 Era uma teoria política, moral e filosófica;

·                 Baseava-se na ciência e na ordem social;

·                 Disciplina, rigor e ordem eram necessários para o crescimento moral e social;

·                 Inspirou a Proclamação da República brasileira.

*Credito da imagem: Nadiia_foto / Shutterstock
 

Por Francisco Porfírio
Professor de Sociologia

OS GRUPOS SOCIAIS

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